Na primeira etapa há uma duração aproximada de 2 a 5 anos e nela observa-se uma lenta e paulatina deterioração da memória. A pessoa esquece os acontecimentos recentes, não importando que tenham acontecido há poucos minutos.
O paciente pode não recordar ter já comido ou esquecer uma conversa tida com seu filho minutos antes. Mesmo assim, a percepção do seu meio ambiente vê-se diminuída, a mesma coisa que a memória, quanto ao tempo e ao espaço., ficando afetada.
Na pessoa começa a surgir uma típica desorientação do que a rodeia, não reconhecendo o lugar onde se encontra. Assim, é muito comum que a pessoa não se recorde como chegar aos locais que sempre frequentou, saber onde está o banco ou a mercearia a que sempre foi; que direção tomar para ir à igreja, onde se deslocava todos os domingos; ou então, que caminho tomar para regressar a casa. Outros exemplos são o de não recordar a data, nem o dia nem o mês que vive, não saber a hora e acreditar que, ainda de manhã, para ela já é noite ou vice-versa.
Do mesmo modo surgem outros detalhes, como a dissimulação na concentração e um cansaço cada vez mais notório. Alterações do humor e sintomas de depressão com apatia, perda de iniciativa e falta de interesse. Junto a isto, a pessoa começa a notar-se inquieta, mostrando agitação e ansiedade. Estes últimos sintomas, é muito comum ocorrerem ao entardecer ou durante a noite, o que é um problema para quem dela cuida. Embora não se saiba com exatidão o porquê disto (a inquietação ou agitação noturna), o que pode ajudar a acalmar o paciente e reduzir a ansiedade seja, de certo modo, a medicação.
Por outro lado, a linguagem, a motricidade e a percepção são conservadas. O doente é capaz de manter uma conversa, compreende bem e utiliza os aspectos sociais da comunicação (gestos, entoação, expressão e atitudes) em forma ainda dentro do normal.
Na segunda etapa, todos os aspectos da memória começam progressivamente a falhar. Este estádio tem uma duração aproximada de 2 a 10 anos, durante a qual se pró importantes alterações da função cerebral, com o aparecimento de sintomas mais preocupantes ou que chamam mais a atenção. Começam a surgir problemas de afasia, apraxia e agnosia.
Por afasia entende-se a dificuldade na linguagem. Custa-lhe falar, lutando para se expressar e fazer-se entender. Diz umas palavras por outras, um copo pode ser um guardanapo, ou talvez mostrar-se inquieto e perguntar pela porta para poder sair, significando querer ir ao quarto de banho (e que deste modo alivie a carga ou pressão interna).
A apraxia refere-se às dificuldades apresentadas pelo doente para levar a cabo funções aprendidas. A pessoa não sabe como vestir-se, sendo muito comum vestir duas ou três cuecas ou duas meias no mesmo pé, camisa sobre camisa. No caso das mulheres, sucede o mesmo; não sabe calçar as meias, nem a blusa e pode vestir a saia do avesso. Durante a alimentação, as pessoas não sabem utilizar os talheres, fazendo uso do garfo, da faca ou da colher indistintamente.
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